quarta-feira, 10 de maio de 2017

Gestação e obesidade pode ser um problema?


A maternidade talvez seja a maior, mais bela e a mais íntima experiência vivenciada por uma mulher. Junto a esta maravilhosa experiência surge a preocupação com a gestação, a criação dos filhos, o acompanhamento de seu crescimento e a disponibilidade da saúde materna para as atividades que fazem parte deste contexto.

Estas preocupações não se restringem apenas às mulheres. Entretanto, são elas as que manifestam, como importante fator motivacional, a busca por uma solução para esta angústia.  O receio de não conseguir ser mãe, ou de não ter saúde para realizar as atividades que fazem parte de todo o processo da criação dos filhos, é outro grande receio trazido, pois a possibilidade de óbito por conta das comorbidades associadas à obesidade é uma preocupação comum apresentada por tais pacientes.

Conforme a Organização Mundial de Saúde, obesidade se define como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir níveis passíveis de afetar a saúde do indivíduo. Em estudos de obesidade, observa-se, a nível mundial, um crescimento exponencial apresentando índices elevados de massa corporal pré-concepcional materno, associando a um aumento do risco de complicações maternas a curto e longo prazo, fetais e neonatais.

Algumas das principais complicações associadas à obesidade materna são hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, indução do trabalho de parto, cesariana, parto vaginal prolongado e instrumentalizado, hemorragia pós-parto, infecções, doenças tromboembólicas e morte materna. As gestações também são associadas a altas taxas de complicações fetais e neonatais, como anomalias congênitas, admissão na unidade de cuidados intensivos neonatais e mortalidade fetal e neonatal. Desta forma, as gestações de mulheres obesas são de alto risco, devendo ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar da qual um importante profissional é o psicólogo.

O acompanhamento psicológico de pacientes obesos tem grande importância, já que as ansiedades e demais comprometimentos emocionais vivenciados pelos pacientes influenciam de forma decisiva no ganho de peso. Um dos mecanismos compensatórios se faz na ingestão de alimentos sem controle que, apesar de promoverem prazeres imediatos, não resolvem  as questões em relação ao desconforto causado pelo stress e pela ansiedade. Além disso, é um mecanismo de fácil acesso. Desta forma, a atuação do psicólogo junto ao paciente contribuirá para que este possa compreender melhor suas angústias, descobrir como lidar melhor com suas frustrações e, assim, obter uma melhor qualidade de vida.
   
Alexandre de Abreu Valle - Psicologia Clínica
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