segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Mau humor contagia?

Quando atravessamos períodos prolongados em que repentinas alterações climáticas acontecem durante o dia, com variações entre frio e calor, associadas à baixa umidade, é comum e inevitável que uma onda de resfriados atinja grande número de pessoas, principalmente quando dividimos espaços fechados com quem se encontra nesse estado de compartilhamento de germes. Um simples espirro já nos ameaça a saúde.
 
Da mesma forma que podemos nos contagiar com alguma manifestação gripal quando entramos em contato com alguém resfriado, atualmente, e não somente em nosso país, um fenômeno se destaca. O das manifestações de contagio de estados de humor, em muito motivado por um período de grande polarização política, que traz consigo reações coléricas, enfurecidas e geralmente gratuitas. Quando observamos alguém colérico, enfurecido, muitas vezes não nos damos conta de que esse estado de humor pode igualmente contagiar o ambiente e quem nele se encontra. Tem se tornado comum, não nos preocuparmos com esse possível contagio emocional e muito menos em como podemos proteger nosso emocional dessas influencias. Estudos recentes, indicam que o humor, especialmente o mau humor de quem está próximo, costuma ser contraído tal como um resfriado.

Esse contágio emocional acontece quando o sentimento de uma pessoa se transfere para uma outra em distintas etapas. Num primeiro estágio, um mimetismo não consciente costuma discretamente levar os indivíduos a copiarem sinais não verbais um do outro, como expressões faciais, posturas e movimentos corporais. Dessa maneira, só de se ver a cara sisuda de alguém pode levar esse observador a franzir sua testa e iniciar sua contaminação emocional. Passa-se então, à experimentação da fase de reação ao estímulo, pois, ao franzir a testa surge a possibilidade de se experimentar a tristeza.

Já num estágio final do contágio emocional, pode ocorrer uma sincronia de emoções e comportamentos ligada ao compartilhamento de experiências ruins. Isso não significa dizer que esse mimetismo seja algo de todo ruim, pois também existe a possibilidade de se lidar com alguém cujo bom estado emocional acabe por influenciar positivamente os demais que ali convivem, melhorando muito a empatia mútua.

Apesar do mimetismo ocorrer de forma inconsciente, em algumas situações podemos observar com certa facilidade o fenômeno. Um bom exemplo se dá quando vemos alguém próximo a nós bocejar. Costuma ser inevitável também bocejarmos. Alguns estudos indicam que, o mimetismo não consciente costuma ocorrer em maior frequência com indivíduos mais empáticos. Porém, não significa dizer que seja uma regra absoluta.

Interessante saber que a natureza contagiosa das emoções, pode ser ampliada em situações onde os indivíduos estão em contato constante uns com os outros. Em uma pesquisa realizada nas universidades americanas do Texas e da Califórnia, um número pouco superior a 150 casais, foram observados por um período de três anos com o objetivo de saber como o estresse de um dos cônjuges poderia influenciar o outro. Os dados levantados indicaram que, uma menor satisfação conjugal ocorria quando um dos parceiros se encontrava mau humorado ou estressado, pois o mau humor de um inevitavelmente contagiava o outro. Dessa forma, um casal mau humorado não reunia condições de convivência  saudável. 

Destacou-se com preocupação, nessa pesquisa, um agravamento dos desarranjos emocionais quando observadas praticas de conflitos negativos, tais como críticas e rejeições mútuas. Estudos dessa natureza, contribuem para uma melhor compreensão de nossas relações pessoais, familiares e de trabalho e nos oferece a possibilidade de conquistarmos uma melhor qualidade de vida a partir da conscientização dessas informações.

Conseguir identificar situações, lugares e até pessoas com as quais não temos empatia, contribui para uma minimização de conflitos. Não é sempre que temos a possibilidade de  escolher onde vamos estar ou com quem temos de lidar. Porém, quanto mais nos conhecemos e descobrimos nossos limites, melhor será nossa percepção do mundo, nossa capacidade de identificar hostilidades, filtrar comportamentos e de forma respeitosa mantermos uma relação saudável com os demais em nosso cotidiano.
 
Fonte:
Scientifc American Mind
 
Alexandre de Abreu Valle - Psicologia Clínica - CRP 04/10120
Atendimento e Acompanhamento Psicológico
Elaboração de Laudos Psicológicos para liberação de Cirurgias Bariátricas e Metabólicas
(Atendimento e Acompanhamento: Pré e Pós Operatório)
Consultas agendadas pelo telefone: (31) 9 84093040
Consultório: Rua Sabino Barroso, 133/403 - Cruzeiro - Belo Horizonte - MG 




sexta-feira, 19 de julho de 2019

Como entender o Transtorno Afetivo Bipolar


Vivemos um período de muitos conflitos e angústias, motivadas principalmente pelos resultados da crise econômica, social e política que faz parte de nosso cotidiano. Em momentos assim, uma mudança de comportamento emocional pode ser notado. Entretanto, é importante saber diferenciar uma situação apenas momentânea causada por algum fator determinante, mas dentro de um equilíbrio e um quadro de Transtorno Afetivo Bipolar.

Quando algum familiar ou ente querido apresenta esse tipo de transtorno de humor, você também pode se sentir desamparado, oprimido, confuso e sem esperanças. Também é comum o sentimento de mágoa, irritação, frustração, culpa, vergonha, solidão, tristeza, cansaço e até de medo. Todos são sentimentos normais.

Considerado mais comum do que imaginado, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 60 milhões de pessoas no planeta sofrem do Transtorno Afetivo Bipolar. Muito provavelmente, você leitor deve conhecer alguém que sofra desse transtorno, por isso é bastante saudável saber como lidar com esses indivíduos.


Mas realmente o que seria o Transtorno Afetivo Bipolar? Em primeiro lugar, é fundamental compreender que esse transtorno é uma doença, e não uma demonstração de fraqueza pessoal apresentada em determinadas situações. Se trata de um distúrbio mental que consiste numa alternância entre episódios depressivos e de euforia e isso pode influenciar as relações pessoais e os relacionamentos desses indivíduos. Caracteriza-se pela oscilação do ânimo do indivíduo de um extremo a outro, de forma desproporcional às reações normais aos fatos da vida, sem que tenha motivos reais aparentes e fora de controle. É importante saber que nem você, nem esse indivíduo tem culpa dessa condição.

Saber lidar com os altos e baixos desse transtorno, costuma ser difícil e leva familiares, amigos e companheiros enfrentarem as consequências dessa alternância de comportamento. Você não pode curá-lo, porém, pode lhe oferecer apoio, compreensão e esperança. Para tanto, é importante salientar que, cada indivíduo manifesta o transtorno de humor de forma diferente e saber como apoiar esses indivíduos que sofrem do Transtorno Afetivo Bipolar pode lhes trazer uma melhor qualidade de vida.


Se informar a respeito desse tipo de transtorno, conhecer os sintomas e as formas de tratamento poderá ajudar a convivência com esses indivíduos e a controlar o transtorno. É difícil para essas pessoas portadoras do transtorno controlar seu humor, portanto, aprender a aceitar os limites desses é algo fundamental. Devemos evitar comentários do tipo: "pense de forma positiva", "isso é coisa da sua imaginação", "pare de agir como um louco", "todos nós temos momentos como esse", "eu não posso fazer nada sobre sua situação", etc. Isso de forma alguma irá ajudar esses indivíduos e só irá contribuir para acentuar seu quadro. Em contra partida, ajuda bastante comentários do tipo: "você não está sozinho nessa, conte comigo, conte conosco", "você é importante para mim, sua vida é importante para mim", "diga-me o que posso fazer agora para lhe ajudar", "nós vamos passar por isso juntos", etc.

O estresse piora em muito o Transtorno Bipolar. Dessa maneira, é importante tentar reduzir o estresse desses indivíduos oferecendo ajuda, ou se voluntariando para assumir algumas de suas responsabilidades. Manter uma rotina familiar também costuma ser de grande valia. Manter uma comunicação honesta é fundamental e contribui para uma boa convivência com quem sofre desse transtorno. Mesmo que em algumas situações você não concorde com o que essa pessoa diz, procurar se esforçar para ouvi-lo, perguntar como ela esta se sentindo, compartilhar suas preocupações se faz importante.


Quanto um indivíduo se encontra em um episódio bipolar, é muito comum que seja muito crítico ou até mesmo cruel. É importante tentar não se ofender facilmente, pois temos de lembrar que são sintomas do transtorno e não que esse indivíduo esteja sendo egoísta ou manifestando algum tipo de comportamento maldoso. É importante estar atento a comportamentos destrutivos e em momentos de equilíbrio, combinar estratégias de ação para momentos de crise, tais como: ter informação a respeito dos contatos dos profissionais e de hospitais que acompanham o portador do transtorno, informação sobre familiares e amigos de confiança que, em uma crise podem ajudar. Quais os sinais mais prováveis de que um episódio maníaco ou depressivo se aproxima, tais como palavras ou comportamentos, e o que é possível fazer nesses momentos.

O tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar varia conforma a gravidade, geralmente feito com medicamentos e terapia. Não há cura para esse transtorno, porém, é muito importante mantê-lo sob controle, pois essa alternância de comportamento pode gerar complicações mais sérias chegando até a tentativas de suicídio. Mas um tratamento bem conduzido funciona muito bem, e a maioria dos portadores desse transtorno pode voltar a levar uma vida produtiva e estável. É saudável a esses indivíduos, estarem cientes de que eles podem contar com o seu apoio.

Além de saber como lidar com esses indivíduos, também é importante a preocupação com nossa própria saúde mental. Não devemos negligenciar nossas necessidades emocionais. Ao cuidarmos de nossa condição física e emocional, além de uma melhor qualidade de vida , temos como oferecer melhores condições para lidar e ajudar pessoas que em nossas relações familiares, de amizade ou conjugais, sofrem de algum transtorno emocional.


Fonte: 
World Health Organization
ABRATA - Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos
Help Guide
DBSA - Depression And Bipolar Support Alliance
Bipolar UK


Alexandre de Abreu Valle - Psicologia Clínica - CRP 04/10120
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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Quando a tristeza se esconde atrás de um sorriso


Considerada pela Organização Mundial da Saúde, a depressão é encarada como "o mal do século".
Caracterizada pela perda ou diminuição pelo interesse e prazer pela vida, por angústia e prostração, o tratamento da depressão é um grande desafio para profissionais da saúde, saúde mental e pacientes.

Muitas vezes, você encontra um amigo ou conhecido que não acha-se em seu melhor momento, lhe pergunta como está e ele lhe responde que "bem", esboçando um sorriso. Você tem o conhecimento de que essa pessoa se encontra mal, que tem problemas e que preocupações fazem parte de sua realidade e de seus pensamentos. Você sabe que esse sorriso é fingido, porém, é aceito e você muda de assunto.

Essa situação infelizmente é bastante comum, principalmente nesse momento político, econômico e social que atravessamos. Na verdade, todos nós tentamos, em algum momento da vida, esconder a tristeza, o estresse e as preocupações que estão por trás de um sorriso dissimulado. Entretanto, quando nos escondemos por trás de máscaras de tranquilidade e alegria, inviabilizamos a ajuda que podemos receber e isso facilita a nos afundarmos ainda mais no abatimento da depressão.


Costumamos acreditar que a pessoa deprimida não consegue levar uma vida aparentemente normal, que fica apenas fechada em seu quarto, não consegue trabalhar, que sensível chora com facilidade e caminha cabisbaixa, com aparente tristeza. No entanto, essa imagem é um clichê, pois cada pessoa é única e lida com sua depressão de forma diferente dos demais indivíduos. Estatisticamente, cerca de 71% das pessoas que sofrem de depressão tentam esconder seu estado emocional.

Muitos, apesar de deprimidos, conseguem ser funcionais e até mesmo animados em suas vidas diárias. São indivíduos que carregam consigo sua dor e não a exteriorizam. Essa dor vai lhes consumindo lentamente, até o momento em que sucumbem e desmoronam, porque não conseguem mais suportar o peso da máscara que carregam por meses e até anos.


Na psicologia, existe o que chamamos de "depressão sorridente". São pessoas que apresentam uma aparência de normalidade e de felicidade, pois vivem dentro de si os sintomas da depressão, não os expressam, e se esforçam por esconder sua depressão. Dessa maneira, as demais pessoas podem acreditar que elas tenham uma vida tranquila, perfeita.

As causas para que muitas pessoas deprimidas escondam sua dor são diversas. Em geral, o sorriso é equivalente a um mecanismo de defesa, uma máscara que serve para dissimular um estado emocional. A pessoa tem vergonha de seu problema. Não se pode esquecer que a maioria dos problemas mentais ainda se encontra encoberta por estigmas sociais, e isso faz com que as pessoas não queiram que outros saibam que elas estão deprimidas. A depressão em particular, por muitos é erroneamente considerada como falta de força de vontade, e dessa maneira, é muito compreensível que se você tiver esse preconceito, tenderá esconder sua depressão, considerando-a como uma "fraqueza".

Em muitos casos, a pessoa não quer reconhecer sua condição e esconde-se atrás de uma aparente normalidade, talvez acreditando e esperando que a depressão desapareça por conta própria, como num movimento mágico. Nesses casos, o que ocorre é uma negação e o sorriso é um mecanismo de autoafirmação, através do qual, ela tenta dizer a si mesma que a coisa não é assim tão difícil, e que na realidade ela se sente bem.


Existem pessoas por não querer preocupar os demais, tendem a se manter introspectivas, são introvertidas por natureza, e não querem transferir para pessoas próximas suas dificuldades. Dessa forma, fingem estar bem para não se tornarem um incômodo para os outros. Se preocupam muito com sua imagem e acreditam que são valorizadas e estimadas apenas pela imagem que transmitem. Por isso tentam fingir que tudo esta bem, escondem a depressão e o seu verdadeiro "eu", e acabam se tornando personagens de uma encenação cotidiana, sofrida, como se estivessem em uma peça teatral.


E quem geralmente seria mais propenso a sofrer da chamada "depressão sorridente"? Pessoas introvertidas, que tendem a não revelar seus problemas ou que têm dificuldade de falar sobre suas emoções. Pessoas perfeccionistas, que exigem muito de si e que acreditam piamente que não podem falhar de forma alguma em nenhuma área da vida. Também se enquadram pessoas hiper-responsáveis, que acreditam carregar o mundo sobre seus ombros e pensam que, se entrarem em situação de crise, uma catástrofe de proporção grandiosa ocorrerá.

Uma pessoa deprimida que opta por sorrir sofre, porém tenta viver como se não sofresse. Entretanto, emoções e sentimentos nunca devem ser negligenciados e escondidos, porque isso não os fará desaparecerem. Dessa forma, aquela pessoa que talvez finge escapar da depressão, na verdade esta alimentando-a. A longo prazo, essa atitude cobrará seu alto preço. Muitos casos de tentativas de suicídios que pegam amigos e familiares dessas pessoas completamente desprevenidos, são exemplos desse preço cobrado.

Em contrapartida, a pessoa que tenta esconder a depressão geralmente se encarrega de preencher totalmente sua agenda de tal maneira, que acaba levando um ritmo de vida irrequieto e com grande desgaste. Essa necessidade exagerada cotidiana acaba levando a um declínio emocional, porque não é possível fingir todos os dias e nem com todas as pessoas. Mais cedo ou mais tarde, a irritabilidade, o cansaço, a tristeza e a angústia encontram uma brecha para se manifestar.

A questão é que, exatamente nesse momento, a pessoa se vê cara a cara com sua realidade e sente que está em apuros e sem ninguém que possa ajudá-la. Essa é uma motivação que pode levar essa pessoa a pensar em suicídio. 


A Michigan State University conduziu um estudo que analisou o impacto de um sorriso falso em nosso humor. Os psicólogos seguiram um grupo de motoristas por duas semanas e descobriram que, quanto mais sorrisos fingiam, pior ficava o seu humor ao retornarem para casa, em um estado de ânimo marcado por irritabilidade e tristeza.

Desse modo, é importante estar informado de que as emoções negativas não desaparecem por si mesmas. Elas devem ser enfrentadas. Esconder ou evitar o problema não fará com que ele seja corrigido. Além do mais, é necessário saber que a depressão, não é somente resolvida em um consultório de psicologia. Desempenham também uma importante contribuição, amigos e família, desde que assumam uma atitude compreensiva e apoiem quem se encontra em um quadro depressivo.

No entanto, se você conhece alguém que esteja tentando esconder uma depressão por trás de um sorriso, não deixe de falar com essa pessoa. Não a pressione para relatar sua situação, pois dessa forma ela irá se fechar ainda mais. Ao contrário, mostre sua vulnerabilidade e conte seus problemas. Dessa maneira, você poderá se conectar emocionalmente a ela e será mais fácil que ela lhe conte suas próprias dificuldades, ao se identificar com os seus problemas.



Fonte: 
Rincón de la psicología 
Scott, B. A. & Barnes, C. M. (2011) A Multilevel Field Investigation of Emotional Labor
Affect, Work Withdrawal, and Gender. Academy of Management Journal, 54(1): 116-136

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Podemos aprender com as perdas?


Dificilmente estamos preparados para experiências difíceis, como suportar perdas e fracassos. Atualmente, perplexos, acompanhamos o drama ocorrido na região de Brumadinho, em Minas Gerais. O rompimento da barragem de rejeitos, nos apresentou um triste cenário de irreparáveis perdas humanas, da rica biodiversidade e de bens materiais. Assim, como estas sentidas perdas, o fim de um relacionamento, o fracasso com alguma atividade de trabalho e outras situações fazem parte da vida e não há como ficarmos à margem disto. Sem passarmos por estas experiências, a vida não se completa.


Porém, estas experiências nos são uma oportunidade de crescimento e transcendência aos limites de nossa capacidade de aprender e reagir. Geralmente, reagimos conforme a relação que temos com nós mesmos, e essa relação vai ditar se vamos achar que o ocorrido é um capricho do destino, ou se podemos aprender com essas experiências.

Geralmente, julgamos não estar preparados para suportar o sentimento de perda, entretanto, esses sentimentos ensinam a sermos indivíduos inteiros e não fragmentados em relação às nossas apirações.
Por toda a vida, iremos conviver com a perda de familiares, amigos, companheiros de relacionamento, trabalho, etc.. Tais situações, apesar de dolorosas, devem ser enfrentadas e transformadas em aprendizado.


Já que o sofrimento faz parte da vida, como podemos aprender com este? Primeiro, devemos aceitar o ocorrido. A aceitação da perda faz com que a dor não se prolongue muito mais do que pode se considerar saudável, e com isso essa dor não se transforma em um sentimento de sofrimento eterno. É importante não nos perdermos, pois quando isso ocorre, a apatia mental e fisiológica passa a ser uma difícil realidade.


Esse aprendizado nem sempre será totalmente positivo. As perdas também deixam traços negativos que marcam nosso ego. Mas é fundamental, observarmos o que de positivo fica nesta experiência e tentarmos potencializar isso.

Nos apegar às coisas e às pessoas que amamos, é um mecanismo que aprendemos desde o nascimento e que nos traz segurança. Mas apesar deste apego e do medo que construímos em volta destas inevitáveis perdas, nos adaptar, fortalece nossa capacidade de superá-las pois toda perda nos oferece um aprendizado que nos ajudará a recuperar forças e a importante vontade de continuar a caminhada pela vida.


Receber um abraço amigo e solidário, a atenção de quem está próximo é fundamental e nos ajuda a enxergar pessoas e novas situações que podem surgir à nossa volta. Também a ajuda de um profissional especialista na área emocional/psicológica, pode trazer, através de sua experiência e treinamento, um ambiente de escuta adequado e muito possivelmente uma melhor qualidade de vida.

Alexandre de Abreu Valle - Psicologia Clínica - CRP 0410120

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